Paro, penso: nada é definitivo
Tudo vive em função de circunstâncias
Em constante ressonância
As palavras sofrem a efemeridade da hora
Marcam um momento
E só esperam um desatento
Para se perderem por noites afora
Aspas é a brisa que leva embora
A permanecia das cifras
E deixa a incerteza do agora
Entre as aspas
Se esconde o medo da verdade
Eufemístico pavor da realidade
Aspas:
Limite entre o futuro e o passado
Porque é um presente aspeado
Que se vive sem vontade de viver
Não, aspas não é para mim
Fujo das suas obscuridades
Procuro palavras nuas, sem começo e fim
E que sejam a própria infinidade
Não existe aspas para o amor
Não existe aspas para a saudade
Porque só sentindo a sem aspas dor
Saberemos o que é infelicidade.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
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