Na maioria somos prevenidos e sectários, somos tomados por noções preconcebidas, pelo ciúme, pela suspeita, pelo receio, pela inveja e pelo orgulho. E a maioria das pessoas não quer mudar suas idéias sobre religião, sobre seu corte de cabelo, sobre a politica ou uma banda favorita.
Muitas vezes sentimos que mudamos de idéia sem qualquer resistência ou grande emoção, mas se nos dizemos que estamos errados, magoamo-nos com tal imputação e endurecemos nossos corações. Somos incrivelmente negligentes na formação das nossas crenças, mas enchemos-nos de uma ilícita paixão por elas quando alguém se propõe rouba-las de nossa companhia. É óbvio que as idéias não são sequer levadas em conta, é nossa vaidade que esta ameaçada.
Quando erramos, podemos confessá-lo, de nós para nós mesmos. E, se fomos levados gentil e habilidosamente, poderemos confessar nosso erro para outras pessoas e mesmo assim sentir orgulho da nossa franqueza e sensatez. O mesmo, porém, não acontece a quem decidi inculcar com tudo que não é do nosso agrado.
Ao dizer que a pessoa está errada privamos ela de seus méritos , inibimos sua certeza, enfurecemos a sua vaidade e a perda do senso diante dos fatos é eminente desde que seu orgulho saia ileso e recompensado de tal "afronta".
Eis apenas o meu modo de ver o mundo inter-pessoal desvairado e tão confuso quanto as minhas escritas...
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